“ARTE E PSICOANALISIS” Por Román Guibelalde

“Como é que os gregos, a raça mais discreta, a raça mais linda, a mais envidiada, com justiça, o mais bacana integrada à vida, propriamente eles precisaram da tragédia, mais ainda: da arte? “Friedrich Nietzsche. “A origem da tragédia”.

“Nem de dia nem sequer de noite, se vos caiam nas mãos dos modelos gregos”. De entrada, devemos compreender a inversão operada por Lacan em relação à concepção freudiana: não existe psicanálise aplicada às obras de arte.

Freud, como por exemplo, por sua parcela, analisou-se sujeitos a partir de uma recordação (Leonardo da Vinci, Goethe), obras de arte, Gradiva, um conto de Hoffman, o Moisés de Miguel Angel, Édipo, Hamlet, Moisés como protagonista histórico, etc. Agora, não se trata de brigar com os historiadores ou filósofos da arte, contudo de codearnos com eles, e dar início conversas. E o respectivo Lacan, quanto à pintura, como por exemplo, em diversas oportunidades no decorrer de sua transmissão, Lacan evoca alguma pintura pra aproximar-se várias temáticas de ensino.

  • Gerente Geral de Juventude e Ação Comunitária da Deputação Foral de Biscaia (1987-1994)
  • Cidade dá uma moção de censura contra Albiol
  • três Magistrados suplentes
  • O Rei transmite que há que “desdramatizar” e chegar a reforma da Constituição
  • Manuel Olivencia, excomisario da Expo ’92, professor e advogado português
  • dois Informações gerais
  • Registado: Dezessete jul 2001

Alguns exemplos: no Seminário 4, retoma a análise freudiana da pintura de Leonardo da Vinci “Santa Ana, a Virgem e o Menino”. Cita como fonte a pintura pompeyana da Vila dos Mistérios, o escrito “A significação do falo”. No seminário 8, dedica uma classe inteira a um quadro conhecido como “Psique surpreende Amore”, ou melhor, Eros, pintura maneirista de Zucchi.

Então, o investimento lacaniana seria que é a obra de arte a que se aplica à psicanálise, e não o contrário, concebe a arte como ocasião pra um avanço teórico. Um instala-se diante a obra e descobre um autor por trás dela, acima, abaixo, ao lado. Um busca, busca e acha que encontrou”4 pessoas acha localizar fantasmas, obsessões, tudo referido ao provável “autor”.

Lacan, continuando com o anterior diz: “Freud foi a respeito de uma raro prudência. Sobre a natureza do que se manifesta na formação do belo, o analista, segundo ele, não tem nada a expressar. No domínio criptografia do valor da obra de arte, nós nos encontramos numa posição que não é nem sequer a dos escolares, porém sim a dos catadores de migalhas”5. E é então, Freud, em imensas ocasiões, Dostoievsky e o parricídio, Goethe, em Leonardo, para citar novas, declara que o processo criador, nada queremos manifestar. Em Leonardo diz: “estando o dom artístico e a inteligência de serviço intimamente ligados à sublimação, temos que confessar que a essência da atividade artística é bem como psicologicamente inacessível”.

Tais como, o pintor norte-americano Whistler estava em um café de Paris e a gente discutia-se o modo em que a hereditariedade, o lugar, a situação política do momento e coisas pelo tipo contribuíram pro artista. Então, Whistler falou: “A arte acontece”.