Cara A Cara Íñigo Errejón E José Maria Lassalle (integral)

Íñigo Errejón: Agora julgamos, com vantagem, por causa de sabemos das coisas que o constituinte não sabia há 40 anos. E isso necessita fazer com que evitemos a armadilha de acertar, como em concursos de televisão, que a partir de moradia sempre acertar.

Sabemos das coisas que o constituinte não previu, e sabemos também que a convivência hoje em Portugal é menos presa das urgências e dos medos que presidiram o acordo constitucional neste instante. O que não há dúvida que neste momento podemos ser mais ambiciosos. José Maria Lassalle: eu Compartilho a observação de fundo, no significado de que estamos diante de um contrafatual, diante de uma coisa que não é plausível erguer em termos objetivos e que está condicionando a subjetividade com que nos aproximamos do fenômeno. I. E.: Além das ameaças ou a suposição de uma involução ou retrocesso são totalmente diferentes.

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Em que quantidade a constituição de 78 estaria na primeira divisão, ou é mais uma constituição da Guerra Fria? J. M. L.: Eu acredito que o que a Constituição está pondo de manifesto é um déficit ou uma tensão na resistência de instrumentos que acumulou na sua arquitetura institucional após quarenta anos de idade.

I. E.: Um proletariado emocional. J. M. L.: Sim, há um proletariado emocional que sente o desconforto de não ser reconhecido no que propriamente lhe corresponderia. I. E.: …O número de horas. J. M. L.: …E nos dias de hoje, este padrão agora não é plausível, no seio da economia criativa. Aí existe um nó importante na vossa discussão, que é uma Constituição baseada no trabalho dos mais velhos que não fornece trégua pros adolescentes.

J. M. L.: Porque não temos técnica pra pensar ainda, eu acredito, no cenário de transformação de uma economia cognitiva, como a que neste instante temos, pro desenvolvimento de abordagens de um projeto de constitucionalidade bem como cognitiva. Estamos, e com isso termino, assistindo a um procedimento de mutação da cidadania. Nestes três anos, a parcela da tensão por saturar o quadro constitucional, hoje vivemos riscos certos de reação. Podemos vir a um quadro em que a Constituição do setenta e oito seja aspiracional?

J. M. L.: Uma das diferenças mais importantes destes três anos é que Íñigo continua pela política e eu não. I. E.: você Está mais livre e mais à vontade. Porque pode parecer, a tabela dos Reis Magos. É verdade que existe um clima em toda a Europa, que se parece com um clima reacionário. Eu não estou muito direito se catalogarlo como um clima populista, de diagnosticarlo exclusivamente em termos populistas.

não tenho dúvida que as forças reacionárias, que se alimentam de uma desconfiança e um horror que deve ser inorgânico, precisa existir comunidades antecipadamente quebradas. Não é só a desconfiança pra com o vizinho, o de nanico, o que tem outro sobrenome ou outra cor de pele. Antes disso, este indivíduo teve que ser vítima da típica fragmentação neoliberal.

Em comunidades relativamente organizadas não é o lugar onde nidificam. Uma quota, a título de exemplo, do superior voto xenófobo não se apresenta onde há mais convivência com imigrantes, mas onde há menos. Há falta pré fragmentação de todos os espaços comunitários pra que depois sim emergir o indivíduo isolado, fragmentado, desconfiado com o vizinho e agoniado, com um poder punitivo. Pois não tenho dúvida que precisa visualizar.